quinta-feira, 28 de maio de 2009

Morte


Quando o sangue molhou minha blusa sentir a dor da morte, eu estava vendo as coisas rodaram, fiquei pensando: Oh, meu Deus é o fim?.Eu não tinha ambições, e de Deus não obtive respostas, agora eu só sabia de uma coisa, e era que eu não queria morrer, ainda mais da bala de uma arma, que eu não sei da onde veio, se não veio de você, tudo tão rápido e sóbrio, eu estava com tanto medo.Poderia pensar em muitas coisas, só que nada veio a mente, eu estava morrendo, era apenas isso que gritava ao fundo, esta era a voz da minha consciência, ela pedia desesperadamente para eu tampar o buraco de minha dor, para acabar logo com isso, desistir de tudo enfim, deixar que meu corpo sucumbisse a dor, que eu deixasse de viver, e de querer viver, morresse sem medo, morresse porque dentre as opções não tinha mais a opção viver.

Minha mente até trocou palavras doce, e ela me disse:
"Vai menina, deixe a vida, deixe a dor, faça logo, pare de se opor, ouça a voz de um poeta sem amor, deixa a vida seja como for"
Sussurrou ela de um jeito agradável logo fiquei confusa, logo não lembrei nada, aceitei as palavras e tão inesperadamente morri.

Quando acordei estava em um outro lugar descobrindo que ainda poderia sonhar, e tudo acabou, morri em um tempo que passou.

( Quem nunca sentiu uma dor que não pode controlar?...Que quis morrer, e outras vezes quis desesperadamente viver, e não desistir, mesmo quando vozes invisíveis pediam para você e para todos desistirem, algumas vezes conseguimos se manter de pé, e resistir, insistir, porém outras vezes, morremos, nos deixamos levar, ficamos 'morto-vivos' e dentro disso, mais morto do que vivos, voltamos a viver um dia, isso é certo e vemos que as coisas são como são, e que vire e mexe, ficamos nova mente e 'xeque' e depois que nos virar para não a ver um 'xeque-mate' )

Um comentário:

Skyline disse...

Sem palavras...

Perfeito... Mais que perfeito!