sexta-feira, 19 de julho de 2013

O tolo poeta.

O ser

Descrente da felicidade fora, e já o teve por muito tempo, passou o tempo abandonou esse fato, se jogou ao mundo como se fosse o ultimo suspiros em meio aos seus pequenos prazeres.

No peito, não ardia um dia se quer as voltas do amor, não o conhecia, tornava-o por subjugado e fantasioso.

Fazia de seu mundo: poesia, do amor bandido, sofrido, ao sorrisos de amor, mas tudo isso não passava de sofrimento lírico, o autor não o tomava.

Andava leve e despreocupado como se no mundo tudo fosse tão simples, não existia o que esperar, o sofrimento era de tolices do dia-a-dia, como uma pedra no sapato, um sol que não saiu por completo e a chuva que o fez molhado por uma tarde inteira, uma queixa familiar, o trabalho e seu decorrente correr.

A sua distração era a noite, o consumo do som, bebia letras, cuspia escárnio e depressões, triste e choroso, cantava ao mundo todas as lamúrias, com um sorriso que parecia impossível alguém assim, ter uma mente tão mórbida e ser tão triste, não sabia quem era.Estava morto e não sabia.

Morto, andava pelas ruas pulando (Se tivesse o visto, tomaria aquilo como alguém vivo, mas não era), de fato um bobo, se alimentando da atenção alheia.

Despertar (O inicio)

Por muito tempo durou esse estado e as dores já tinha diminuído (tinha se acostumado com elas), porém ao zumbi do conformismo, a vida pregou uma peça.

O dia do primeiro ato, digo, a noite, era como uma outra qualquer (ou assim o poeta acreditava ser), iria outra vez se esbaldar ao consumo do som, e ao piscar de todas as luzes, o corpo ficaria cansado apenas depois do meio-dia, se jogaria na areia e ficaria sorrindo, como o bobo que era, olhando o formando das nuvens e pegaria na mão da garota que o esperava ao amanhecer.

Tudo corria como o esperado, até o inicio da madrugada, o coração desligado, voltou, bateu, ao botar os olhos naquela aparição, o som do coração, o deixou surdo e com a língua pesada, ela sorria e falava, mexia o corpo de leve, ele sofreu, ela parecia preocupada com algo, tentava cativar o interesse nada, veja bem tentava, por que não o teve, entrou em transe, não se conhecia, estava perdido e no momento ainda não sabia o quanto.

A noite correu com todos os sorrisos que ele poderia dar, palavras faltavam, estava assustado, dentro dele algo que não compreendia, pensou no fundo de tudo ser curiosidade de instante.

Se afastou,deveria estar por assustar a moça, andou como se não tivesse coração no meio da multidão de corpos, ficou por um bom tempo sem entender, quando deu por si cravou os olhos e lá estava ela, em outros braços, amaldiçoou a falta das palavras e o seu medo e a sua língua pesada, mesmo assim, quando ela ficou novamente só, tentou arriscar outras palavras palavras, se irritou e achou melhor se afastou por todas as eras, não sabia como dela se aproximar, tão curioso estava, tão curioso ficou, até que por magia ela sumiu, ninguém sabia dela, se preocupou, era claro, não poderia dar em outra.

A madrugada se acabou e o sol tomou parte do céu e era hora de partir, mesmo sem saber o paradeiro da senhorita, era engraçado o fato de estar preocupado com uma dama que só viu uma vez na vida. (Mal encaminhado estava, pois teria muitas vezes de pensar que tudo era graça do inédito.)

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P.S: Tantas voltas, tantas e eis que me acabo aqui.
Meu coração vem guardado muitas palavras, então resolvi entregar-las para vocês.
Esse é o começo do "O tolo poeta", ainda tenho o restante para escrever, caso apreenciem posso postar o resto.
Beijos

2 comentários:

Kris Monneska disse...

Nossa Ariane como você escreve bem, chega a arrepiar. Quero ver o fim dessa história, preciso :)

Beijos e apareça logo.
estarei esperando...

Kris Monneska disse...

Ah esqueci, me faz uma visitinha se tiver a fim é claro, ficarei feliz em lhe receber.

Conversas de Alcova