sexta-feira, 26 de junho de 2009

Dia cinzento


"Me servi com um prato frio
Tentando não olhar os vermes
Que me corroíam
Na minha pura ilusão
De todos os dias"

Eu estava sentada olhando o nada, tentando não viver, ou viver e viver sem saber.

O dia era azul, depois ficou tudo tão cinzento, eu não sabia se precisava me esconder, ou se não devia me importa, abracei as minhas pernas até que de cinzento o dia ficou preto, eu não chorava me sentia entorpecida, parada em um lugar que não saberia jamais voltar.

Quando me levantei as pernas estavam bambas, o céu sem estrelas e o meu coração devagar.

Olhei para o lado e eu vi o reflexo de algo.

Quando me encarou, me sorriu como quem não quer nada, me observou parecendo nutrir desejo,eu tive medo, só que não deixei de olhar, e quando eu encarei a morte me serviu como se fosse uma irmã, me falou das coisas boas, me escondendo as tão ruins, só que eu sabia, não era tão tola, sabia o que existia ali.O que ela queria me mostrar era bem mais do que eu poderia sonhar, era tão ilusório que tive vontade de chorar, ou até mesmo de ri.

As palavras fruíam por ela, como se fossem verdade, mal reparou na minha ironia, eu sorria por fora e chorava por dentro, eu tinha medo e isso estava óbvio, eu nunca gostei do escuro, sempre preferi o claro, e até quando alguém me falava "buu" eu tinha medo, e agora eu estava defronte da morte que me falava com tanta cortesia que eu não poderia acreditar e ela me falou do mundo, me falou de quase tudo, eu observava quase boba, tentando não me enrolar, eu mal piscava e muito menos respirava, tentando me encontrar.

Ouvia a voz tão doce me dizendo o que não devia ou devia fazer, por onde eu devia percorrer, eu sentia um arrepio todo o momento que eu tentava me entender, eu não deitei, ou sentei, fiquei em pé, olhando para a profundidade das palavras e da situação, era muita escuridão, e eu estava com medo.

Quando percebi estava perdida na escuridão, e não podendo assim voltar, meu corpo não mexia e minha alma não queria acordar.Eu estava presa em um quarto escuro, com a morte ali para me levar.


Ariane Castro

Ps¹: Eu não sei da onde saiu isso, mas postei
Ps²: Sou eu na foto. =x

10 comentários:

Priscila Rôde disse...

Nossa, que intenso isso, mas eu gostei, muito bem escrito! Beijos querida!

Stephanie Pereira disse...

Belíssimo texto cara, mto bom.

As vezes nossos dias não tem cores mesmo, nao é?

Unknown disse...

Fiquei sem folego,foi uma das melhores postagens suas q eu li.
vc eh boa msm viu.Te amo

Anônimo disse...

Nossa, profundo. Triste e profundo.
Eu gosto mais do claro que do escuro também!, o escuro me dá medo, eu sou beem medrosa.


Beeijos! =*

Nanda disse...

nossa lindo mesmo
literatura inovadora
achu digno
e a Foto ficou mor dazora
^^

Marcus Malta disse...

Bom não presciso dizer mais nada,faço das minhas palavras os comentarios acima.

Beijos,estou seguindo

Gabriela Castro disse...

Eu tbm adorei!

Megumi ~ disse...

Pode não saber de onde veio, mas escreveu muito bem =o

- rafasonehara disse...

apesar de vc não saber
da onde saiu.. eu te garanto
que foi um dos melhores que vc já escreveu!!!
euu ameii *--*
falou muito comigo. muito mesmo..

e obrigado pelas melhoras ^^
beijos
:*

Anônimo disse...

Eu-lirico?! Lembrei das minhas aulas de literatura... aiaiaiai... auhsaushausha
E quanto essa de amigo de aluguel, eu também nunca pagaria! Tenho meus amigos e/ou a capacidade de fazeer amigo para justamente não pagar por um! =)


Beeijos!