sexta-feira, 24 de outubro de 2008

• Caixão


Caixão

Ando no escuro, porque já não gosto de luz, meu corpo é branco, como a neve, minha alma é gélida com o frio, sou o que resta, sou o que sou, meu coração, agora já não bate mais, minha respiração, já não tenho, sinto cheiro de madeira, e as portas não se abrem, estou deitado, não tenho coberta, e muito menos travesseiro, não sinto frio, não sinto medo, minha voz já não ouço e daqui eu não posso sair, estou preso como um animal, enjaulado, dá onde minha eternidade não me tirará daqui..


(Ariane Castro )


Nenhum comentário: